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terça-feira, 26 de abril de 2011

Neopentecostais querem assumir o poder do Brasil, afirma pastor

O pastor Ricardo Gondim, líder da Igreja Betesda, voltou a criar polemica, ao afirmar a revista Carta Capital que há uma movimentação de grupos neopentecostais para assumir o poder político do Brasil, com a eleição, se possível, de um presidente da República já nas próximas eleições.
Ricardo Gondim, 54, é mestre em teologia da Universidade Metodista e, entre os pastores, o mais contundente crítico do movimento neopentecostal brasileiro.
Para ele isso se torna evidente na Igreja Universal do Reino de Deus, que possui diversos pastores – de sua inteira confiança, em diversas instâncias do poder, incluindo um no Senado, o bispo Marcelo Crivella.
Para Ricardo, caso isso venha a ocorrer as igrejas evangélicas poderão se expandir com mais facilidade.
No começo do ano, Gondim deixou pastores abismados com um texto publicado em seu blog no qual afirmou que “Deus nos livre de ter um Brasil evangélico”. Clique aqui e leia o que ele escreveu na ocasião.
Ele escreveu que, se a maioria da população se tornar evangélica, o efeito do puritanismo na cultura seria devastador, colocando em risco, por exemplo, o Carnaval, o futebol, a música de Ney Matogrosso, Caetano e Chico e o folclore.
Em entrevista à Carta Capital, o pastor afirmou que, que houvesse essa hegemonia, “seria a talebanização do Brasil”, em uma referência aos fundamentalistas islâmicos dos Talibãs.
Gondim disse à revista que, em termos de fundamentalismo, a maior influência no movimento evangélico brasileiro vem dos Estados Unidos.

“Nos Estados Unidos, a igreja se apega a três assuntos: aborto, homossexualidade e a influência islâmica no mundo. No Brasil, não é diferente. Existe um conservadorismo extremo nessas áreas, mas um relaxamento em outras. Há aberrações éticas enormes.”
Ele afirmou que já existem evangélicos que pertencem a comunidades católicas ou espíritas. “Já se fala em um ‘evangelicalismo popular’, nos modelos do catolicismo popular, e em evangélicos não praticantes, o que não existia até pouco tempo atrás.”
O pastor observou que há no movimento evangélico duas tendências aparentemente contraditórias: de um lado absorção de elementos religiosos da tradição brasileira, o sincretismo, e, de outro, radicalização na oposição a questões como o aborto e direitos dos homossexuais.
No entendimento do pastor, o ‘evangelicalismo popular’ está descaracterizando a religião. “O rigor doutrinário e os valores típicos dos pequenos grupos estão se dispersando.”

Com informação da Carta Capital, via Paulopes + Redação MG

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