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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sexo santo? Vixe! Isso existe?


Thiago Lima Barros

Desde o seu início, a cristandade se defrontou com o problema da santificação. E atribuir a característica de “problema” a uma temática tão cara ao ideal cristão não é para menos: embora o Deus Triúno tenha estabelecido, há tempos imemoriais, um padrão próprio de santidade, baseado na vivência interior e na sublimidade da interação com o sobrenatural, o ser humano sempre tendeu ao diametralmente oposto: transferiu a santidade para o âmbito externo, corporal, e banalizou a experiência com o sagrado, dando-lhe uma conotação descabidamente personalizada.

No campo da afetividade, então, é que a coisa fica braba. Da conotação especial dada por Deus à relação homem/mulher, o homo sapiens tratou de avacalhar: em nome de uma suposta santidade, pecaminizou o contato físico – sexo no casamento incluído – e entronizou a ascese e o celibato como ideais de pureza cristã. Porém, como a auto-repressão é nitroglicerina pura para a frágil alma humana, a ausência de uma necessidade intrínseca causa uma explosão pecaminosa. Ô circulozinho mardito!

Ao longo dos séculos, outro efeito colateral dessa repressão se fez sentir no campo da hamartiologia. É notório que nesse período surgiram entre nós, que somos frutos da Reforma, pessoas corruptoras da graça e da liberdade em Cristo, que arrogaram para si um papel nitidamente romanista: o de inquisidores. Verdadeiros Torquemadas, eles corromperam não só famílias, mas igrejas inteiras, ensinando a mesma heresia romana de que há hierarquia entre pecados. Não satisfeitos com isso, trataram de encastelar a imoralidade sexual no mesmo patamar da blasfêmia contra o Espírito Santo. Pronto: passamos a ter dois pecados imperdoáveis! Sim, pois embora não confessem explicitamente tal heresia, os verdugos mencionados falam e agem como se assim fosse. Negam o caráter de Deus. Distorcem as Escrituras. Lançam mão de uma eisegese (ou seria exejegue?) conveniente à sua crença pagã.

Entendimento bíblico

No entanto, quando nos defrontamos com a busca pela santidade, conforme a vontade de Deus, outro panorama, bem menos peçonhento e obtuso, se descortina diante de nós. J. I. Packer nos dá um excelente ponto de partida:

“Em primeiro lugar, consideremos a palavra em si. Santidade é um substantivo que pertence ao adjetivo santo e ao verbo santificar, que basicamente significa tornar santo. Santo, tanto no hebraico, como no grego, significa separado, consagrado e recriado para Deus. Quando aplicada às pessoas, como ‘santos de Deus’ ou ‘santos’, a palavra [santidade] implica em devoção e assimilação: devoção, no sentido de viver uma vida de serviço para Deus; assimilação, no sentido de imitar, conformar-se a e tornar-se como o Deus a quem se serve. Como cristãos, a implicação é que precisamos assumir a lei moral de Deus como a nossa regra e o Filho encarnado de Deus como o nosso modelo. É aqui que a nossa análise de santidade deve começar”. (J. I. Packer, Redescobrindo a Santidade, Cultura Cristã, p. 16)

É claro que a depravação total do ser humano deve ser levada em consideração quando falamos sobre santidade. Embora não seja calvinista, tenho para mim que todo e qualquer esforço que façamos para nos separarmos do mundo esbarrará em nossa natureza falível. Todos pecaram, e carecem da glória de Deus. Mas não é porque pecamos que meramente nos acomodaremos, à mercê de nossas próprias debilidades. A misericórdia de Deus nos constrange e socorre. Se pecarmos, temos um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.

A degeneração platônica

Ora, se a santidade bíblica leva a existência do pecado e do perdão divino em consideração, porque diversos setores da igreja a concebem como um ideal praticamente inatingível, mormente no campo sexual? A resposta está na influência da filosofia platônica no cristianismo dos primeiros séculos.

Os neoplatônicos repudiavam tudo aquilo que significasse o aprisionamento do corpo e dos sentidos a toda e qualquer forma de condicionamento social e mental, concebendo o amor como coisa idealizada, sem contato físico. Não foram poucos os líderes cristãos de nomeada, influenciados por esse tipo de pensamento gentio, com destaque para Santo Agostinho, que, à revelia do preceituado na Bíblia, defenderam uma práxis cristã expurgada do sexo, confundido com o pecado original. Assim, a sexualidade seria o indicador da queda do homem, e mesmo que os casais copulassem apenas com fins de procriação, estariam fazendo algo necessário, mas humilhante.

Dessa forma, Agostinho e outros introduziram entre os cristãos uma nódoa de consciência culpada quando faziam sexo ou tinham sentimentos e impulsos prazerosos, o que arruinou a vida de inúmeros casais, para os quais o sexo passou a ser associado a um "presente do demônio". E mais: A presença do impulso sexual nos seres humanos seria a marca da corrupção da nossa natureza. A maldade humana seria resultante desse tumor sensual e dissoluto existente em todos nós.

Basta ler Gênesis para constatar a falsidade da construção agostiniana. O pecado original foi o da desobediência. Se há uma “marca” no que concerne à rebelião humana contra Deus, essa é a da contraposição às prescrições divinas, e não os impulsos sexuais. Estes surgem naturalmente na adolescência, e são dados por Deus para potencializar e reafirmar o vínculo matrimonial. Se externalizados fora do contexto conjugal, aí sim, se tornam pecado, mas perdoável por Deus. Quando contrasteada com o pensamento paulino, a tese do bispo de Hipona é enterrada de vez. Muito embora fosse celibatário por opção, Paulo jamais buscou impor de cima para baixo o ascetismo à igreja nascente. Talvez apenas tenha compreendido, como nenhum outro, que a vida de solteiro é mais vantajosa quando analisada sob alguns aspectos. Todavia, o magistério paulino apresenta alternativas rigorosamente iguais em sua validade: a comunidade não é obrigada a ele, mas o mesmo não deixa de ser uma recomendação para que aqueles que são atribulados na carne não venham a tropeçar por meio da incontinência. Além do mais, o Apóstolo das Gentes faz uma impugnação pesada contra aqueles que proibiam o casamento, dando a ele, e a tudo o que lhe dizia respeito, inclusive o sexo, o estatuto incontestável de instituição divina.

Nossa prática atual e situação dos jovens

Enquanto eu e minha esposa Danny analisávamos os dados da pesquisa O Crente e o Sexo do BEPEC, vimos patente o resultado do desvirtuamento do conceito de santidade aplicado à relação entre os dois gêneros. Uma igreja hipócrita foi desnudada: enquanto reverbera contra a imoralidade sexual, não combate nem esse, nem os demais pecados. Censura o mundo, mas se comporta pior do que ele. E essa hipocrisia avulta ainda mais quando nos recordamos (não faz muito tempo, tenho só 29 anos!) da atitude de alguns preletores adultos em eventos para jovens, não apenas em minha antiga denominação, mas em outras Brasil (e mundo) afora: um sentimento patente de superioridade em questões morais. Para esses senhores, os jovens são licenciosos incorrigíveis, bestas fornicadoras que devem ser contidas a todo custo na base do “paustoreio”.
 
Cansei de ouvir esse tipo de pregação mentirosa, mas tambem cansei de tomar conhecimento, a posteriori, que alguns dos ditos pregadores haviam sido pegos com a boca na botija, no mais das vezes em adultério. Mesmo assim, seus sucessores continuam com o mesmo discurso falacioso. E la nave va... Fora o extremo oposto, que é o incentivo à lascívia por parte de líderes inescrupulosos, normalmente de igrejas neopentecas que se pretendem “moderninhas”.


Mas nem tudo está perdido. Quando analisamos os resultados entre os solteiros maiores de 16 anos, especialmente o subgrupo dos jovens entre 16 e 24 anos, que representa 62,02% do universo pesquisado (a qual eu chamo, a partir de agora, de faixa majoritária), ainda vemos um nível de licenciosidade indesejado, mas numa trajetória declinante em relação aos resultados vexatórios apurados entre os casados, e mesmo entre os solteiros acima de 24 anos.

Um exemplo é a questão da virgindade. Se compararmos as respostas da faixa majoritária com as dos casados, percebemos que a maioria (59,75%) se preserva para o matrimônio, seguindo o padrão bíblico, enquanto que entre os casados, a lógica se inverte (56,07% brincaram de médico antes de juntar os trapinhos). Se expurgarmos da faixa majoritária os neopentecostais, o índice de fidelidade à Palavra nesse ponto sobe para 66,52%. O lado positivo essa situação avulta ainda mais quando comparamos esses dados com estatísticas do Ministério da Saúde, onde se percebe um índice alto (26,8%) de iniciação sexual precoce, antes dos 15 anos, na população brasileira.


Acima dos 24 anos, a coisa se complica, pois a inclusão dos 37,98% de solteiros nessa faixa etária eleva a proporção de merendas antecipadas para 66,13%.


Mais uma vez, um motivo de pesar é o desempenho dos pseudopentecostais. A ênfase dessa corrente anticristã no antropocentrismo e no materialismo hedonista tem um claro reflexo comportamental: a maioria dos jovens dessas igrejas avançou o sinal. Mas justiça seja feita: os jovens adeptos dessas igrejas se saem melhor se comparados, por exemplo, com o índice de teratológico de sexo pré-marital encontrado entre os neopentecas casados (76,99%).


A rejeição praticamente universal às práticas homossexuais é outro ponto de convergência entre o standart sagrado e as respostas obtidas. 94,98% do universo dos solteiros jamais manteve relação homossexual; 89,31% sequer tem esse desejo; e 97,03% não mantém, quando da resposta ao questionário, nenhum tipo de relacionamento dessa natureza.

Outra constatação que emerge da pesquisa é a falha das igrejas em orientar os jovens: a maioria dos que se adiantaram (54,57%) tiveram sua primeira vez depois de convertidos. E entre os que vieram de fora nessa situação, 64,58% mantiveram-se no erro. Uma conclusão igualmente válida é a de que os respondentes da faixa majoritária, quando fazem opção de abstinência, o fazem por conta própria, numa decisão de foro íntimo, justamente em face da falha eclesiástica em discipular os jovens no que tange ao sexo.


A percepção do déficit de educação sexual no âmbito eclesiástico prossegue. Tomando-se apenas a faixa majoritária como referência, temos um índice alto de jovens que “ficam” (37,86%), prática essa que pode induzir à infidelidade conjugal num futuro não muito distante. 66,52% se masturbam. Mais de 20% dos casais de namorados têm vida sexual plena e ativa (são casados na prática). E os hábitos e práticas licenciosos, como pornografia, sexo virtual, relações com prostitutas, carícias mais “pesadas”, são correntes para quase 70% da faixa majoritária, atingindo índices duplicados (às vezes triplicados) em relação aos adultos.


Sim, não há desculpa para tais práticas: são pecaminosas, ou por serem feitas fora do contexto matrimonial, ou por serem reprováveis para solteiros e casados, indistintamente. Mas é compreensível que, numa fase em que os hormônios inclinam a psique com mais força para a sexualidade, somada ao desejo do espírito por ter a mente de Cristo, para a busca pela abstinência da conjunção carnal, haja um empuxo contrário em outras áreas sexuais.
E é aqui que os orientadores de jovens têm falhado, mesmo lidando com um público que deseja ardentemente acertar, e acerta mais do que a geração anterior, bem como percebe com mais agudeza a falha de caráter coletiva da Igreja ao tratar desses assuntos.


A falha está justamente no ar de superioridade que demonstram. Porém, conselhos moralistas, vomitados de cima para baixo, mais atrapalham do que ajudam. É preciso mostrar aos jovens que o sexo é, sim, um presente de Deus. Que o usufruto dessa dádiva pode se dar num contexto de santificação de vida, desde que sejam respeitados os limites estabelecidos para cada fase.
Por isso, um conselho aos discipuladores (sempre considerando as honrosas exceções): abandonem a arrogância e a pose de sabichões. Embora com mais experiência, vocês têm errado, e feio, ao pregarem uma coisa que não vivem a quem busca santidade com mais instância do que vocês.

E, consciente de que chovo no molhado para a maioria (glória a Deus por isso!), digo aos jovens, eu, jovem igual a eles: “aquele que coisava, não coise mais”! Procure conservar-se a si mesmo puro antes do casório. Mas se não conseguir, se tropeçar, não é o fim do mundo. Abandone o pecado. Recomece! Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos lavar de toda a (nossa) injustiça.
Thiago Lima Barros, tal qual Frederico Evandro, é alagoano! E macho! Pronto! Mas também crê que uma santidade sem hipocrisia no campo afetivo e sexual é fator primordial para o exercício sadio da fé cristã.

Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2011/07/sexo-santo-vixe-isso-existe.html#ixzz1UdpvGnz4
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Doze Razões Por Que Ser Membro de Igreja é Importante

1 – É bíblico. Jesus estabeleceu a igreja local, e todos os apóstolos realizaram seu ministério por meio dela. A vida cristã no Novo Testamento é uma vida de igreja. Hoje os cristãos devem esperar e desejar o mesmo.
2 – A igreja é seus membros. No Novo Testamento, ser uma “igreja” é ser um de seus membros (leia Atos dos Apóstolos). E você quer ser parte da igreja porque foi ela que Jesus veio buscar e reconciliar consigo mesmo.
3 – Ser membro da igreja é um pré-requisito para a Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor é uma refeição para a igreja reunida, ou seja, para os membros (veja 1 Co 11.20, 33). E você quer participar da Ceia do Senhor. O ser membro de igreja é a “camisa” que torna o time da igreja visível ao mundo.
4 – É a maneira de representar oficialmente a Cristo. Ser membro de igreja é a afirmação da igreja a respeito do fato de que você é um cidadão do reino de Cristo e, por isso, um representante autorizado de Jesus diante das nações. E você quer ser um representante oficial de Jesus. Intimamente relacionado a isto…
5 – É a maneira como o crente declara sua mais elevada lealdade. O fato de que você pertence ao time que se torna visível quando você veste a “camisa” é um testemunho público de que sua mais elevada lealdade pertence a Jesus. Provações e perseguição podem surgir, mas suas únicas palavras são: “Pertenço a Jesus”.
6 – É a maneira de incorporar e experimentar figuras bíblicas. É na  estrutura de prestação de contas da igreja local que os cristãos vivenciam ou incorporam o que significa ser o “corpo de Cristo” , o “templo do Espírito”, a “família de Deus” e todas as outras metáforas bíblicas (veja 1 Co 12). E você quer experimentar a interconectividade do corpo de Cristo, a plenitude espiritual de seu templo, a segurança, a intimidade e a identidade comum da família de Deus.
7 – É a maneira de servir aos outros cristãos. Ser membro de igreja ajuda você a saber por quais cristãos, no planeta Terra, você é especificamente responsável para amar, servir, confortar e encorajar. Ser membro de igreja capacita você a cumprir suas responsabilidades bíblicas para com o corpo de Cristo (por exemplo, veja Ef 4.11-16; 25-32).
8 – É o meio de seguir os líderes cristãos. Ser membro de igreja ajuda-o a saber que líderes cristãos, no planeta Terra, você é chamado a seguir e obedecer. Também lhe permite cumprir sua responsabilidade bíblica para com eles (veja Hb 13.7, 17).
9 – Ser membro de igreja ajuda os líderes cristãos a liderar. Permite que eles saibam quais são, no planeta Terra, os cristãos pelos quais eles “hão de prestar contas” (At 20.28; 1 Pe 5.2).
10 – Ser membro de igreja capacita a disciplina eclesiástica. Dá a você o lugar prescrito biblicamente em que deve participar na obra de disciplina eclesiástica, de maneira responsável, sábia e amorosa (1 Co 5).
11 – Provê a estrutura para a vida cristã. Coloca a afirmação individual do cristão de “obedecer” e “seguir” a Jesus em um ambiente de vida real, no qual autoridade é realmente exercida sobre nós (veja Jo 14.15; 1 Jo 2.19; 4.20-21).
12 – Edifica um testemunho e convida as nações. Ser membro de igreja coloca o governo de Cristo em exibição para o mundo que nos observa (veja Mt 5.13; Jo 13.34-35; Ef 3.10; 1 Pe 2.9-12). Os próprios limites que são traçados ao redor do ser membro de igreja produz uma sociedade de pessoas que convida as nações a algo melhor.
Este artigo foi extraído do livro Church Membership: How the World Knows Who Represents Jesus, de Jonathan Leeman.

Cantor afirma que prefere o inferno em vez do céu

O cantor Zeca Pagodinho afirmou entrevistado para o quadro “O que vi na vida”, do programa Fantástico, da TV Globo, afirmou que prefere ir para o inferno do que ficar no céu com duas asinhas e uma harpinha na mão. Zeca não falou apenas sobre fé, mas também sobre outros temas.
Uma de suas primeiras revelações foi a de foi criado em um terreiro de macumba. “Eu sou criado em terreiro. Medico de pobre é pai-de-santo. Psicólogo era no centro, chinelo e uma boa macumba para tirar o… é, não tinha este negócio não.”
O cantor declarou ainda que as pessoas tem uma tendência de se afastar da religião quando melhoram financeiramente.
“Quando você tem mais poder de grana, poder, a religião fica um pouco de lado. Quanto mais rico, mais descrente. Me desculpem, mas eu vejo deste lado.”
Para ele, a religião é necessária para se ter uma “direção boa”.
“Se eu estivesse morando em Xerém, meus filhos certamente estariam indo na igreja ou no centro, no culto. Porque tem que ter uma religião, tem que ter uma fé, tem que ter uma direção boa, uma coisa que te diga uma coisa boa. Porque tu passa a creditar que… a vida não é só isso que tu vê, né? Como diz Paulino, né?”.
A declaração mais polêmica foi quando ele deixou clara a sua visão equivocada de céu e inferno, chegando a afirmar que preferia ir para o inferno a ter que ficar no céu tocando harpa.
“Eu não queria acreditar na morte, esse é que é o grande problema. Mas eu acho que Deus é bom. Porque me tirar de um mundão desse, tão bom, né? Com cerveja gelada, mulheres bonitas para lá e para cá. Eu como casado, fico só olhando [risos]… Mas, me tirar daqui pra me levar pra onde? Pra mim ficar no céu com duas asinhas e uma harpinha na mão, não fica bem em mim, cara. Nesse caso, eu prefiro até descer. Também não acredito que o inferno seja tão ruim assim, não. O inferninho é legal. O inferninho… é um foguinho, tal, o problema lá é o calor.”


Jornal Mundo Gospel

Juiz proíbe casamento gay no interior de São Paulo

    No documento, o juiz corregedor dos cartórios Humberto Rocha diz que "família" e "entidade familiar", na lei, são termos inconfundíveis.
    Um juiz de Franca proibiu que os dois cartórios de registro civil da cidade realizem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A decisão gerou revolta de grupos gays, que planejam um protesto.
   No documento, o juiz corregedor dos cartórios Humberto Rocha diz que “"família" e "entidade familiar", na lei, são termos inconfundíveis, já que casamento (...) é união de homem com mulher com o afã ou possibilidade de gerar prole".
    O juiz diz não ignorar a decisão em maio do STF (Supremo Tribunal Federal), que reconheceu a união estável de pessoas do mesmo sexo.
     O STF, diz Rocha, deu "à entidade familiar" um conceito elástico "a ponto de açambarcar a união entre homoafetivos, mas daí equiparar tal união à casamento vai um largo pego [abismo]". A Folha tentou ouvir Rocha, mas ele não ligou de volta.
    Para Gilberto Mendes de Almeida, do movimento GLBTT de Franca, trata-se de preconceito. "É uma discriminação contra os gays."
    A proibição frustrou os cabeleireiros Thalys Fernando Vieira, 27, e Giliard Fernandes dos Santos Silva, 28, juntos há cinco anos.
    Eles já queriam oficializar o casamento. Mesmo com o veto, eles descartam se casar em outra cidade.
    "Pago os meus impostos aqui. Vamos esperar uma nova decisão", disse Vieira.
    Apesar de reconhecer a união estável, o STF não analisou a questão específica do casamento -por isso, juízes podem ter diferentes interpretações, segundo Adriana Galvão, presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB estadual.
    Docente da USP em direito de família, José Fernando Simão diz que o STF previu, sim, o casamento homoafetivo. "Pela decisão, aplica-se para todos os efeitos a união estável. E "todos os efeitos" inclui o casamento."
    Assim como Simão, Rodrigo da Cunha Pereira, do Instituto Brasileiro do Direito de Família, diz que o veto do juiz soa moralista.

Fonte: Folha de São Paulo

Teólogos tradicionais questionam a existência de Adão e Eva e pedem uma fé para o século 21



Pesquisas do Instituto Gallup e do Pew Research Center afirmam que quatro em cada 10 americanos acreditam na existência literal de Adão e Eva. Esta é uma das crenças centrais de grande parte do cristianismo conservador, e dos evangélicos em particular.
No entanto, recentemente alguns estudiosos conservadores passaram a afirmar em público que já não conseguem acreditar no relato de Gênesis como antes. Perguntado sobre o fato de sermos todos descendentes de Adão e Eva, Dennis Venema, biólogo cristão da Trinity Western University, respondeu: “Isso vai contra todas as evidências genômicas que reunimos ao longo dos últimos 20 anos, então não é algo provável”.
A pesquisa do Genoma Humano
Venema diz que não há maneira de rastrear a humanidade até um único casal. Ele diz que com o mapeamento do genoma humano, está claro que os humanos modernos surgiram a partir de outros primatas – muito antes do período literal de Gênesis, que seria apenas alguns milhares de anos atrás. Dada a variação genética da população atual, ele diz que os cientistas não conseguem conceber uma população abaixo de 10.000 pessoas, em qualquer momento em nossa história evolutiva.
Para reduzir tudo a apenas dois antepassados, Venema explica: “Você teria que postular que houve uma taxa de mutação absolutamente astronômica que produziu todas estas novas variantes, em um período de tempo incrivelmente curto. Esses tipos de taxas de mutação não são possíveis”.
Venema é membro da BioLogos Foundation, um grupo cristão que tenta reconciliar fé e ciência. Esse grupo foi fundado por Francis Collins, um evangélico que atualmente lidera o Instituto Nacional de Saúde.
Venema faz parte de um grupo crescente de estudiosos cristãos que dizem desejar ver sua fé entrar no século 21. Outro é John Schneider, que até recentemente ensinou teologia no Calvin College, em Michigan. Ele diz que é hora de encarar os fatos: “Não houve Adão e Eva históricos, nem serpente, nem maçã, nem queda que derrubou o homem de um estado de inocência”.
“A evolução torna bastante claro que na natureza e na experiência moral dos humanos, nunca houve qualquer paraíso perdido”, diz Schneider. ”Acho que os cristãos têm um desafio, um trabalho grande em suas mãos para reformular algumas das suas tradições em relação os primórdios da humanidade.”
Dennis Venema indica o caminho que reconciliaria as posições: “Se ler a Bíblia como poesia e alegoria, assim como tem partes históricas, você poderá ver a mão de Deus agindo na natureza – e na evolução. Não há nada a temer fazendo isso. Não há com o que se preocupar É realmente uma boa oportunidade para termos uma compreensão cada vez mais precisa do mundo. A partir de nossa perspectiva cristã, esse é um entendimento cada vez mais preciso de como Deus nos trouxe à existência”.
Este debate sobre um Adão e Eva históricos não é apenas mais uma disputa, pois parece estar dividindo a intelectualidade evangélica norte-americana.
“O evangelicalismo tem uma tendência a matar seus jovens talentos”, diz Daniel Harlow, professor de religião no Calvin College, uma escola cristã reformada que tem a queda literal de Adão e Eva como parte central de sua fé.
O Calvin College não aceitou ele ter escrito um artigo questionando o Adão histórico. Seu colega, o teólogo John Schneider, escreveu um artigo semelhante e foi pressionado a demitir-se após 25 anos trabalhando na faculdade. Schneider está vivendo agora de uma bolsa de pesquisa da Universidade Católica Notre Dame.
Vários outros teólogos bem conhecidos de universidades cristãs têm sido forçados a se demitir por causa desse debate. Alguns veem um paralelo com um momento histórico anterior, quando a ciência entrou em conflito com a doutrina religiosa.
“A controvérsia da evolução hoje é um momento tão crucial quando o julgamento de Galileu”, diz Karl Giberson, autor de vários livros que tentam conciliar cristianismo e evolução, incluindo A Linguagem da C iência e da Fé, escrito em parceria com Francis Collins.
Giberson – que ensinava física no Eastern Nazarene College, entende que esse ponto de vista tornou-se muito desconfortável na academia cristã – e o questionamento de Adão e Eva é semelhantes ao que experimentou Galileu no século 17, quando desafiou a doutrina católica que afirmava que a Terra girava em torno do sol e não o contrário. Galileu foi condenado pela igreja e levou mais de três séculos para o Vaticano para expressar arrependimento por seu erro.
“Quando você ignora a ciência, acaba pagando caro”, diz Giberson. ”A Igreja Católica pagou um alto preço durante séculos por causa de Galileu. Os protestantes fariam muito bem se olhassem para esse fato e aprendessem com ele.”
Outros teólogos dizem que os cristãos não podem mais se dar ao luxo de ignorar as evidências do genoma humano e dos fósseis apenas para manter uma visão literal de Gênesis. ”Este assunto é inevitável”, diz Dan Harlow do Calvin College. ”Os evangélicos precisarão enfrentá-lo ou apenas enfiar a cabeça na areia. Se fizerem isso, perderão qualquer respeitabilidade intelectual que possuem.”
Albert Mohler, do tradicional Seminário Batista do Sul, explica: “No momento em que você diz ‘temos que abandonar nossa teologia para ter o respeito do mundo’, acaba ficando sem a ortodoxia bíblica e sem o respeito do mundo”.
Mohler e outros dizem que, se outros protestantes querem acomodar-se à ciência, não devem se surpreender se isso os fizer negar a fé.
Fonte: Pavablog

O dia do Orgulho Heterossexual e as besteiras da Bancada Evangélica



Por Gutierres Siqueira
O vereador Carlos Apolinário (DEM-SP) resolveu levar uma ideia infeliz até o fim. A Câmara Municipal de São Paulo aprovou o Dia do Orgulho Heterossexual. Ah, mas não existe a comemoração do Orgulho Gay? Sim, existe e é uma idiotice. Eu não acho que combateremos idiotices com novas idiotices. E é bom lembrar que toda militância com orgulho é um horror! Agora, o Projeto de Lei 204/2005 depende da sanção do prefeito Gilberto Kassab (PSD-SP).
A exaltação do Orgulho Gay pelas organizações militantes nada mais é do que uma tentativa de “racializar” a causa homossexual. Vamos entrar na onda deles? Aliás, o que nunca devemos é casar a ideia de orgulho com causas políticas. A história ensina que esse caminho nunca deu certo. Se os gays amam declarar essas bobagens, pois que falem sozinhos… Vamos viver em função deles?
O projeto visa defender a “moral e os bons costumes”. Nós, cristãos, defenderemos a moral e os bons costumes com um estilo de vida irrepreensível e não com lei bobas. O nobre vereador honraria mais a moral trabalhando de verdade. Em 2008, um apontamento da organização Transparência Brasil apresentava o autor do projeto como um dos menos produtivos em uma casa legislativa já mergulhada na mediocridade. Dos 55 vereadores paulistanos, Apolinário ficou na posição 47º com um Índice de Relevância de apenas 3,6%. Tomara que tenha melhorado nesses quase três anos!
Que o vereador honre seu mandato com projetos relevantes para a cidade de São Paulo. Ah, e que vereadores evangélicos deste país trabalhem pela cidade e não por leis bobas e homenagens a pastores megalomaníacos. Vamos trabalhar, meu povo!


Comentário do Púlpito Cristão
O deputado federal Eduardo Cunha do PMDB do Rio protocolou no dia 28 de junho, um projeto de lei que, se aprovado, instituiu o Dia do Orgulho Heterossexual, a ser comemorado todo ano no terceiro domingo de dezembro. É a mesma data proposta pelo vereador Carlos Apolinário (DEM), de São Paulo. A justificativa dele? “É preciso resguardar os direitos dos heterossexuais de se manifestarem livremente e que não sejam discriminados”. Ora faça-me o favor!
E sabe o que é pior? É que nao vai faltar evangélico para bater palmas e essa babaquice ainda vai reeleger esse infeliz deputado. Como disse o Gutierres: “não combateremos idiotices com novas idiotices”.

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