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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Infográfico: Estudo mostra que 75% das mulheres são felizes na igreja

Nova pesquisa mostra "pluralidade de experiências" das mulheres nas igrejas
por Jarbas Aragão

Infográfico: Estudo mostra que 75% das mulheres são felizes na igrejaInfográfico: Estudo mostra que 75% das mulheres são felizes na igreja
As mulheres são a espinha dorsal de um número crescente de igrejas evangélicas. Elas são mais propensas que os homens a serem vistas nos bancos, servindo como voluntárias e professoras de diferentes grupos, incluindo na escola dominical. No entanto, o que elas pensam sobre ocupar esses papéis na igreja? Será que elas se sentem valorizadas? Elas estão satisfeitas com seu nível de envolvimento e oportunidades para liderar?
O fato é que as mulheres evangélicas de hoje em dia podem fazer nas suas igrejas quase tudo o que os “líderes” homens fazem. A pesquisa recém-divulgada do Grupo Barna, especializado em coletar dados junto aos cristãos evangélicos, tenta responder algumas das perguntas propostas acima.
O Instituto Barna de Pesquisas aponta em um novo estudo que apenas 24% das entrevistadas dizem que sua igreja não permite mulheres na equipe pastoral, enquanto 62% dizem que todas as funções pastorais estão disponíveis para as mulheres.
Quatro em cada cinco mulheres entrevistadas concordam que a sua igreja “valoriza a liderança de mulheres, tanto quanto a dos homens”. Mais de 70% disseram que estão “realizando um ministério significativo” em sua igreja, e 55% “espera que sua influência aumente”.
No entanto, mais de 30% das mulheres sentem-se “conformadas” com suas baixas expectativas em relação à igreja e 20% se sentem “subutilizadas”.
O dado mais intrigante é que quase 75% das mulheres entrevistadas acreditam que “podem e devem fazer mais para servir a Deus”.
O presidente do Grupo Barna, David Kinnaman, diz que este estudo ajuda a gerar um debate mais profundo sobre o papel das mulheres nas igrejas. Enquanto muitas mulheres estão satisfeitas com suas igrejas, um número crescente evita a igreja, disse ele.
“A pesquisa mostra que há uma enorme pluralidade de experiências para as mulheres nas igrejas de hoje, desde as que estão muito satisfeitas até as que acreditam que a igreja é um dos lugares menos agradáveis para elas estarem”, disse Kinnaman.
O estudo constituiu de uma série de perguntas feitas por telefone, com mulheres acima dos 18 anos que se identificaram como evangélicas e assistiram a pelo menos um culto em igreja cristã nos últimos meses. A margem de erro é estimada em +/- 4,1 pontos percentuais.
O portal Gospel Prime produziu um infográfico com os resultados da pesquisa. Também disponibilizamos um código para você copiar o infográfico em seu site ou blog.
Infográfico
Infográfico sobre mulheres cristãs
Gilberto Dimenstein da Folha escreve sobre influência da religião
O ataque de José Serra ao material produzido pelo Ministério da Educação contra a homofobia – o chamado Kit-Gay – revela, mais uma vez, a crescente influência da religião nas eleições. E como o PSDB se curvou ao voto de pastores e padres.
Na sua eleição passada, Serra já tinha levantado a questão do aborto para atacar Dilma Rousseff. Foi Dilma, aliás, diante da pressão dos evangélicos quem vetou aquele material que seria aplicado nas escolas.
Celso Russomano está, segundo o Ibope, empatado em primeiro lugar com Serra. Mais que isso, venceria no segundo turno. Como sabemos, o prestígio dele foi vitaminado pela sua presença na TV Record, uma emissora controlada por evangélicos.Gabriel Chalita tenta fazer de seu catolicismo um jeito de obter votos nas igrejas – e, claro, também faz coro à visão de Serra sobre vários temas que deveriam ser tratados como saúde pública.
Na cidade que tem como marca a diversidade, alguns temas -como a homofobia – deveriam ser tratados ainda com mais atenção, tantos são os casos de violência contra as minorias.
Olhando os candidatos, confesso que, muitas vezes, me sinto estrangeiro na minha própria cidade. A cidade que eu vejo é aquela que adora e cultua a diversidade e a criatividade. Verdade, podem me acusar de bairrista: gostaria mesmo que São Paulo fosse uma imensa Vila Madalena.
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores.