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sábado, 14 de julho de 2012

Maioria dos filhos de ateus mudam de ideia quando adultos

Maioria dos filhos de ateus mudam de ideia quando adultos
por Jarbas Aragão

Richard Dawkins e crianças.
Pessoas que crescem em um lar ateu são menos propensos a manter as suas crenças sobre a religião quando adultos, indica um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Aplicada do Apostolado, da Universidade de Georgetown.
Apenas cerca de 30% das pessoas que foram criadas em um lar ateu continuaram sendo ateus depois de adultos. Esta “taxa de retenção” é a menor entre as 20 diferentes categorias do estudo.
Foram ouvidos 1.387 ateus na pesquisa. Quatrocentos e trinta e dois entrevistados disseram ter sido criados por pais ateus. Desses, apenas 131 se identifica como ateu hoje.
“Os resultados mostram que os ateus americanos, em sua maioria, se “tornou” incrédulo quando adulto, mesmo tendo sido criado em outra fé. Parece ser muito mais desafiador criar uma criança ateia e fazê-la manter essa identidade por toda a sua vida “, explica o Dr. Mark Gray , um dos pesquisadores .
Gray também observou que, “entre os que foram criados como ateus, hoje 30% estão filiados a uma denominação protestante, 10% são católicos, 2% são judeus, 1% são mórmons, e 1% são pagãos”.
Os Hindus tiveram a maior taxa de retenção de 84%, seguido pelos judeus (76%), muçulmanos (76%), ortodoxos gregos (73%), mórmons (70%) e católicos (68%).
Entre os cristãos protestantes, os Batistas teve a maior taxa de retenção (60%), seguido por Luteranos (59%) e pentecostais (50%).
Testemunha de Jeová (37%), membros da Igreja Congregacional (37%) e da Igreja Holiness (32%), tem as menores taxas de retenção. Entre aqueles que cresceram sem uma fé religiosa ou sistema de crenças em particular, 38% permaneceram dessa forma.
O estudo utilizou como base os dados do Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública dos EUA de 2008.
Traduzido e adaptado de Christian Post

Entrevistando um crente do século 21

Crente século 21

Como anda a sua comunhão?
Crente: Comunhão? Eu não preciso estar em contato com outros salvos pra ser salvo, já que salvação é individual, pelo menos foi o que eu sempre ouvi dizer. Os outros que se virem para serem salvos também, afinal, Deus deu uma vida pra cada um pra que qual tome conta da sua. Eu não tenho nada com os problemas de ninguém. Cada um é que peça ajuda a Deus por si mesmo.
E o que você pensa sobre suportar os irmãos em amor?
Crente: Suportar os irmãozinhos da igreja em amor? Deus é que tem a obrigação de suportá-los. Eu já tenho que aturar muita gente e não tenho paciência nenhuma. Passo a semana todinha gastando a minha paciência e no domingo tenho que aturar mais gente chata? Tô fora!
O que você entende por talento e como costuma usá-lo?
Crente: O que que tem os meus talentos? Deus me deu pra usar em meu proveito, para eu conseguir ganhar dinheiro e ter sucesso, fama, reconhecimento. Como assim usá-los em favor do Reino? Eu quero é ganhar dinheiro e ser feliz sendo reconhecido no mercado com aquilo que faço de melhor. E eu vou conseguir. Trabalhar na igreja é perder tempo.
Por que você vai à igreja, então?
Crente: Por que vou à igreja? Bem, eu vou à igreja porque é um lugar onde me sinto bem. Lá ouço palavras de conforto que fazem bem ao meu ego. As músicas são legais, dá até pra pular, bater palma, sorrir, e isso me faz bem, já que elas têm uma mensagem que sempre me exaltam e dizem que eu sou vencedor, campeão – e quem não gosta de se sentir um campeão? E também, o que eu estaria fazendo em casa? Não tem nada pra ver na TV. Quer dizer, até tem, mas já encheu a paciência. É melhor estar num lugar que faça bem pro meu ego. Além disso, preciso estar lá, afinal, já que eu pago o dízimo, preciso usufruir de alguma coisa, pelo menos.
E se eu te perguntasse sobre o que você menos gosta na sua igreja?
Crente: Ah, de tudo mesmo, o mais difícil de aturar é a convivência com as pessoas. Eu não suporto gente, ainda mais gente chata. Lá na igreja todo mundo fica preocupado com a minha vida, e isso me irrita.
Com que frequência você lê a Bíblia?
Crente: Bem, eu não tenho muito tempo pra ler a Bíblia, mas todo domingo no início do culto eu leio a Bíblia no projetor lá da igreja. Sinceramente, eu não entendo nada. Prefiro meu pastor falando. Ele sabe extrair muitas lições para conquistarmos nossa vitória através dos textos. Na semana passada ele falou sobre “Os 7 passos de Balaão para a vitória”. Gostei muito!
Alguma consideração final?
Crente: Ah, tem outra coisa que eu esqueci de dizer, o pastor sempre traz uma palavra inteligente. Os temas dos sermões dele são sempre voltados pra mim. Adorei uma mensagem que ele pregou sobre “7 passos para conquistar o impossível”! Um tema bem parecido com um livro de auto-ajuda que li uma vez. Bom mesmo. O legal é que não tenho necessidade nenhuma de pensar, porque meu pastor pensa por mim, ele é mais que um líder, é um pai pra nós. Ttem sempre um decreto pra minha vida e eu sei que serei abençoado se seguir tudo o que ele diz.
Ok. Eu conversei com um crente do século XXI. Entreviste-se e responda as mesmas perguntas que ele respondeu. Será que em algum ponto você vai concordar com ele ou não? Responda nos comentários.
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N. do E.: A ideia para esse post me ocorreu hoje, quando comecei a ler o livro do pastor Mark Dever intitulado “O Que é uma Igreja Saudável?” o qual tem me encantado. Tenho aprendido de verdade o que Deus diz em Sua Palavra sobre o que é Igreja. Isso tem me levado à reflexão sobre todo esse estado de coisas que tenho visto acontecer no Brasil, bem como me preocupar ainda mais com a igreja onde congrego. Desejo que através desse texto você seja levado a pensar também sobre como tem se relacionado em igreja e encarado o desafio de pertencer a ela como cristão verdadeiro.
Shai Linne – Louvado seja eu!
“O cristianismo hoje está centrado no homem, ao invés de ser centrado em Deus. Deus é obrigado a esperar pacientemente, e até respeitosamente, pelos caprichos dos homens. A imagem de Deus popular atualmente é a de um Pai distraído, lutando em desespero inconsolável para levar as pessoas a aceitarem um Salvador de quem elas não sentem necessidade e em quem possuem muito pouco interesse. Para convencer essas almas autossuficientes a responderem às Suas generosas ofertas, Deus fará quase qualquer coisa; até mesmo usar técnicas de vendas e sussurrar em seus ouvidos do modo mais amigável que possamos imaginar. Essa visão das coisas é, naturalmente, uma espécie de romantismo religioso que, embora muitas vezes use termos elogiosos e por vezes embaraçosos em louvor a Deus, consegue, contudo, fazer do homem a estrela do show.” (A.W. Tozer)
Não quero parecer severo ou crítico demais, mas algum de vocês já notou que a vasta maioria da música que cairia na categoria “Cristã”, na verdade não é a respeito do próprio Deus? Penso que particularmente este é o caso do Hip-hop cristão, mas isso também pode ser visto em outros gêneros. Como posso dizer? Bom, a maioria das músicas que eu ouço é mais sobre NÓS e nossa resposta a Deus, mas não a sobre o próprio Deus. Não me entenda mal. Há um lugar para a música que trata de nossa resposta a Deus, mas quando esse é o caso da esmagadora maioria das músicas, nós lentamente começamos a distorcer a verdade sobre quem é o Deus ao qual deveríamos estar respondendo. A citação de Tozer acima foi escrita mais de 50 anos atrás, mas poderia ter sido escrita ontem. Nossa cultura é extremamente narcisista e antropocêntrica, e parece que muito da música cristã seguiu o exemplo. A Bíblia, contudo, é radicalmente teocêntrica, e eu creio que uma visão radicalmente teocêntrica deveria ser refletida nas canções que compomos. Por causa de nossas tendências antropocêntricas, as canções que cantamos sobre Deus geralmente tratam das coisas de que nós gostamos n’Ele (que normalmente são as coisas que diretamente nos beneficiam ao máximo), como Seu amor, sua misericórdia e seu perdão, etc. Essas coisas são gloriosas e nós devemos, sim, compor canções a respeito delas. No entanto, se só falamos a respeito disso, acabamos criando uma visão de Deus incompleta e deficiente, que não está alinhada à Sua autorrevelação.
Então, por exemplo, quando foi a última vez que vocês ouviram uma música contemporânea que tenha ecoado as antigas canções de Davi sobre a retidão e a justiça de Deus (Sl 11:7)? Qual sucesso cristão nas paradas canta juntamente com Naum que Deus é “ciumento, vingador e cheio de ira” (Naum 1:2-3)? Quem está produzindo músicas que falam do reino soberano de Deus sobre Sua criação (Sl 2 e 115)? Vocês podem me indicar uma canção popular que celebra a onisciência de Deus junto com Ana (1Sm 2:3)? E a eternidade de Deus, juntamente com Moisés (Sl 90:2)? E os julgamentos de Deus, juntamente com Miriã (Êx 15:21)? Essas coisas são ditas com frequência nas Escrituras, particularmente no contexto de canções Bíblicas, e ainda assim elas tendem a estar amplamente ausentes de nossas canções hoje em dia. Não quero dizer que ninguém esteja fazendo isso. Deus tem levantado um número crescente de compositores que estão expondo sobre Seu caráter. Mas quando algo tão fundamental e essencial tem sido tão mal feito, se torna importante que outros se preparem e contribuam. O álbum Os Atributos de Deus* é simplesmente minha tentativa de tal contribuição.
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* Álbum de RAP cristão intitulado de “Os Atributos de Deus”, onde todas as canções falam sobre um ponto do Ser de Deus. Você pode ouvir samples e comprar o CD neste link.

Igreja doa todos os dízimos e ofertas recebidos aos vizinhos

Durante um ano, uma pequena igreja batista viveu uma experiência transformadora
por Jarbas Aragão

Igreja doa todos os dízimos e ofertas recebidos aos vizinhos
Passar o prato de coleta durante os cultos de domingo, visando pagar os compromissos financeiros da congregação não era mais suficientemente para os líderes de uma pequena igreja no Mississippi.
Por isso, dois anos atrás, o pastor e os líderes da Igreja Batista Traceway, na cidade de Clinton, começaram a orar sobre qual seria a melhor forma de servirem a sua comunidade. Depois de dois meses de jejum e oração, eles decidiram que precisavam recolher todos os dízimos e ofertas e doá-lo aos necessitados durante um ano inteiro.
“No final de 2009, nossa liderança estava orando e tentando descobrir como poderíamos melhor representar Jesus Cristo em nossa comunidade,” disse o pastor John Richardson.
“Essencialmente, nossa oração era “Deus, o que podemos fazer para que quando as pessoas olharem para nós eles vejam você?”.
“Quanto mais orávamos, mais sentíamos como se Deus estivesse dizendo: ‘Se você quer me mostrar para essa comunidade, sejam generosos, porque eu sou generoso”, explica Richardson. “A forma como nós interpretamos é que devíamos dar todos os nossos dízimos e ofertas durante um ano inteiro.”
Apenas 50 pessoas, muitas delas nem são membros, frequentam regularmente Igreja desde sua fundação, há seis anos. No entanto, entre abril de 2010 a abril de 2011, a igreja foi capaz de doar US$ 60.000 para pessoas necessitadas da comunidade vizinha, disse Richardson. Ele chegou a escrever um livro sobre a experiência de sua igreja, chamado “Doando o prato de coleta”, lançado este mês nos EUA.
“Tudo o que foi recebido nos pratos de coleta de nossa igreja foi doado às mães solteiras, pessoas que saíram de situações ruins, basicamente com apenas com a roupa do corpo, ou aqueles que estavam tentando se libertar do vício, ou pessoas que perderam empregos ou que estavam prestes a perder a casa para o banco ou que tinham contas médicas absurdas, ou qualquer coisa assim “, disse ele.
Quando questionado sobre como a Igreja foi capaz de seguir em frente sem o dinheiro dos dízimos, Richardson explica: “Foi um processo interessante.”
Líderes de outra igreja procuraram a Traceway quando souberam que eles estavam determinados a fazer o que sentiram que Deus lhes tinha dito para fazer, Disseram que ficariam honrados se os membros da Traceway ocupassem as instalações dessa igreja que não estavam sendo usados. Tudo isso sem taxas de aluguel, nem conta de água ou luz.
“Nós também cortamos de nosso orçamento tudo o que foi possível”, lembra Richardson. “Pedimos a pessoas fora de nossa congregação que fizessem uma doação para a igreja. Mas isso não veio de uma vez só, mas posso dizer que, ao longo de um ano, Deus providenciou o suficiente para cada uma dessas necessidades orçamentárias”.
Ele explicou que depois que o plano de generosidade da igreja começou, muitas necessidades alheias começaram a aparecer. Algumas das pessoas que foram ajudadas, hoje são membros ativos da igreja.
Há testemunhos incomuns. Josh, um membro da igreja, sentiu que deveria ajudar um mendigo que encontrou em frente a uma lanchonete.
“Josh sentiu-se guiado por Deus para aproximar-se daquele morador de rua. Ele é um cara introvertido, mas se levantou e falou com o cara por um minuto, levou-o para dentro, pagou-lhe um lanche. Ofereceu não apenas uma refeição, mas também sua dignidade. Foram coisas desse tipo. Fomos generosos porque Deus foi generoso conosco e outros apenas seguiram o exemplo. Foi realmente incrível ver como as pessoas começaram a crescer em sua fé porque estavam praticando a generosidade e crescendo em sua vontade de imitar a Deus.”
Richardson disse que os membros aprenderam muito nesse processo. “Quando você realmente começa a viver generosamente, e especialmente quando sente que isso é algo que Deus lhe pediu para fazer, o Senhor simplesmente abre seus olhos para ver o quão incrivelmente generoso Ele é para conosco”, disse o pastor.
“Generosidade não é apenas uma coisa agradável de fazer. É provavelmente a resposta para o maior obstáculo espiritual que temos hoje se queremos nos tornar discípulos. Quando você é generoso, isso é um antídoto para a ganância. A generosidade ajuda você a imitar os caminhos de Deus e tornar-se mais como ele. É uma parte enorme do processo de discipulado que eu acho que a maioria das igrejas está perdendo hoje em dia”, finaliza.
O pastor da igreja do Mississippi agora também é um dos líderes de um ministérios que deseja equipar líderes para “viver a generosidade” em suas igrejas, através do treinamento de liderança, campanhas de ação social e uma mudança da cultura interna da igreja.
Traduzido e adaptado de Christian Post