Três anos depois, LDM recebe outra chance de permuta do Nogueirão por novo estádio

A polêmica sobre a construção do Novo Nogueirão promete dividir opiniões mais uma vez entre os diversos segmentos da sociedade nos próximos dias. Na quinta-feira passada, o presidente da Liga Desportiva Mossoroense (LDM), Francisco Manoel Filho, reuniu dez dos 15 filiados à entidade para comunicar que a empresa paulista MicroShopping voltou a mostrar interesse em uma permuta para adquirir o terreno onde hoje está localizada a maior praça esportiva da cidade, em troca de um moderno estádio em outro local.
MicroShopping e LDM já estiveram negociando a troca do terreno pelo estádio novo em agosto de 2007, quando a entidade ainda era presidida pelo empresário Pedro Teodoro. No entanto, por resistência da maioria dos filiados e devido às críticas dos torcedores mais saudosistas de Mossoró, a transação para a construção do Novo Nogueirão foi barrada antes mesmo de ter o projeto analisado.
Desta vez, pouco mais de três anos depois, a empresa paulista exigiu uma garantia para que a transação começasse a ser estudada. Sendo assim, Manoel Filho enviou ontem um documento com dez assinaturas dos filiados, colocando-se a favor da permuta. Como a maioria está garantida, a MicroShopping vai reenviar o orçamento oficial da obra e os detalhes do projeto para que a Liga possa confirmar o negócio.
20 MIL LUGARES
A maquete inicial do Novo Nogueirão já foi divulgada pela assessoria de comunicação da LDM (ver foto na matéria). De acordo com o projeto, o estádio teria capacidade para 20 mil pessoas, tendo ainda a possibilidade de expansão para 24 mil lugares. As arquibancadas teriam três lances, sendo dois com oito mil lugares e o terceiro, atrás de um dos gols, com capacidade para mais quatro mil. No lado oposto, atrás do outro gol, fica a opção de construção de outro lance para quatro mil pessoas, posteriormente, caso seja desejo da Liga.
O estádio ainda não tem local definido para ser erguido, mas o presidente da LDM, Francisco Manoel Filho, espera adquirir o espaço através de doação, em um terreno de mais ou menos dez hectares. Daí, além do Novo Nogueirão, seriam construídos campos de futebol society para aluguel, além de lojas para ativação do comércio. Desta forma, a entidade geraria uma renda independente dos jogos oficiais para manutenção do estádio, sem precisar depender exclusivamente da ajuda da Prefeitura Municipal.
Pelas avaliações iniciais, o terreno do atual Nogueirão está orçado em R$ 12 milhões, valor que a empresa paulista mostrou estar disposta a pagar. Se concretizado o negócio, as obras do Novo Nogueirão deverão ser iniciadas logo no início de 2011. Em contrapartida, no local onde hoje está o estádio (Bairro Nova Betânia), será construído um shopping.
A entrega do atual Nogueirão, aos possíveis novos proprietários do terreno, só deverá ser efetuada quando a primeira parte do novo estádio estiver pronta. Esta etapa inicial equivale à construção do primeiro lance de arquibancada, com oito mil lugares prontos para uso, inclusive com o campo todo pronto para receber os jogos.
COMISSÃO - Após concluído o negócio confirmando a permuta do Nogueirão por um novo estádio, a LDM pretende nomear uma comissão que fiscalizará todo o processo de gerenciamento de recursos e construção da praça esportiva. Esta comissão deverá ser composta pela direção da própria Liga e entidades que representam a sociedade, como Ministério Público, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, além dos poderes Legislativo e Executivo.

Fonte: Jornal Gazeta do Oeste