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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Mossoró é o município mais desenvolvido do interior nordestino

MAGNOS ALVES
Da Redação

A geração de emprego e renda e a qualidade da educação melhoraram em Mossoró nos últimos anos. Pelo menos é o que afirma o índice de desenvolvimento municipal da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, o chamado índice Firjan. Desde que o estudo foi iniciado, em 2000, o desempenho de Mossoró não para de crescer. A geração de emprego e renda, por exemplo, começou com o índice 0,3877, passou para 0,8370 em 2005, 0,8668 em 2006 e, finalmente, 0,8754 em 2007, cujos dados apurados serviram de base para o índice Firjan 2010, divulgado na última segunda-feira, 27. No tocante à educação, o índice começou em 0,6751, subiu para 0,7739, 0,7480 e, por fim, 0,7634. O desempenho de Mossoró nesses dois itens está acima da média nacional (0,7520 e 0,7083) e municipal (0,3679 e 0,6945).
Porém, nem tudo são flores. Segundo o índice Firjan, Mossoró ainda tem muito a desenvolver na saúde. Nesse segmento, Mossoró com índice 0,6924 está abaixo do desempenho da média nacional (0,7083) e dos municípios (0,7712). O pior é que o índice regrediu em relação ao primeiro estudo feito no ano 2000 (0,7006).
Mas, apesar da saúde, Mossoró ganhou 103 posições no ranking da Firjan e agora ocupa a 338ª colocação entre os 5.564 municípios brasileiros avaliados, sendo a melhor do interior nordestino e a quarta de todas as cidades da região, atrás apenas de Natal (252°), Teresina-PI (267°) e São Luís-MA (274°). Entre 2000 e 2007, Mossoró saltou do 1.868° lugar para a 338ª colocação atual, estando bem à frente de cidades nordestinas de seu mesmo porte, como Campina Grande-PB (1191°), Caruaru-PE (872°) e Arapiraca (2876°). Veja mais comparações em infográfico nesta página.
Entre os Estados, o Rio Grande do Norte, com o índice 0,6547, ficou com a 12ª posição, a melhor do Nordeste. São Paulo (0,8697), Paraná (0,8244) e Rio de Janeiro (0,7985) ficaram com as três primeiras colocações, respectivamente.

Educação e saúde explicam desempenho
As gerentes municipais Ieda Maria Araújo Chaves Freitas - da Educação - e Jaqueline de Souza Amaral - da Saúde - explicaram o desempenho dos setores que coordenam em Mossoró.
Ieda disse que a evolução do desempenho da educação deve-se ao sistema de acompanhamento do estudante adotado no período em que os dados utilizados pelo índice Firjan foram coletados, em 2007. "Foi criado o Sistema de Acompanhamento do Instituo Ayrton Sena (SIASI), que permitiu o acompanhamento diário não só da frequência, mas também do desempenho dos alunos", argumentou a gerente.
Jaqueline Amaral explicou que existem várias dificuldades na saúde, como a baixa remuneração repassada pelo Governo Federal através do Sistema Único de Saúde (SUS) e a falta de profissionais para serem contratados. "Isso implica, por exemplo, na cobertura do PSF (Programa Saúde da Família), que hoje não chega a 18% da população", relatou a gerente.
Jaqueline ressaltou que o Município faz a sua parte, ao garantir a atenção básica e o prontoatendimento, através das unidades básicas de saúde e das unidades de prontoatendimento. "Essa é a obrigação da Prefeitura", observou, acrescentando que, com relação à falta de uma maternidade e hospital público municipal, "é uma discussão para Município, Estado e União", pois Mossoró não tem condições de arcar sozinho com os custos.

http://www.defato.com/mossoro.php

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