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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Hospital Evangélico teria pago propina de até R$ 800 mil à corruptos

     Oitocentos mil reais. É quanto somam as propinas que teriam sido pagas pelo Hospital Evangélico a autoridades de Dourados, para garantir, na visão do MPE (Ministério Público Estadual), a “terceirização” da saúde pública, uma das áreas mais deficicitárias da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.
     O valor consta da denúncia feita pelo Ministério Público Estadual contra 60 pessoas acusadas de envolvimento em corrupção ativa e passiva em Dourados, como resultado da Operação Uragano, que levou para a prisão o prefeito Ari Artuzi (expulso do PDT e afastado da prefeitura), secretários municipais, empresários e vereadores.
    Conforme a denúncia, as escutas e investigações realizadas evidenciaram que, em pelo menos 16 ocasiões, foi pago pelo hospital o “retorno” - como eram denominadas as propinas em Dourados- no valor de R$ 50 mil. O destino do dinheiro era o “mensalão” que o prefeito pagava aos vereadores, para comprar o apoio deles a sua gestão, segundo as investigações.
E porque o hospital particular faria isso? Segundo a denúncia, para assegurar convênios com valores milionários que somam, hoje, um repasse mensal de R$ 3,2 milhões.
    Os convênios A peça acusatória relata que em 9 de março de 2009, três meses após Ari Artuzi assumir o cargo, a prefeitura assinou convênio para que o Hospital Evangélico prestasse serviços médicos, no valor de R$ 1,6 milhão ao mês. Um ano depois, em março de 2010, o convênio foi aditado, para incluir o atendimento cardiológico, ao custo de mais R$ 368 mil, levando o repasse mensal ao hospital para mais de R$ 2 milhões.
     Além desse, outros dois convênios foram firmados pela prefeitura com o Evangélico. O primeiro, em março de 2009, para administração do Hospital de Urgência e Trauma, para atendimento exclusivo do SUS, no valor mensal de R$ 450 mil. O montante foi ampliado para em R$ 110 mil, e, sete meses depois, cresceu para R$ 800 mil.
    A denúncia, apresentada à Justiça há 15 dias, corre em segredo de justiça
Portal Creio

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