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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Mulheres se prostituem por até R$ 2,00 no alto do louvor em Mossoró

Fidel Nunes
Da Redação

Casas noturnas cheias, orquestras finas, prostitutas de luxo e estabelecimentos que movimentam muito dinheiro não fazem mais parte da realidade do Alto do Louvor. O que antes era um lugar de festa, alegria, risadas, apostas em cassinos freqüentados por pessoas importantes, atualmente não passa de um local de prostituição, violência e tráfico de drogas.
A vida na prostituição começa cedo para muitas mulheres do Alto do Louvor. Elizabethe Silva, 22, natural de Mossoró, relata que entrou na prostituição e no mundo das drogas por influência de uma tia. "Minha tia já fazia programa e foi ela que me colocou nesse ramo. Aos 13 anos fiz meu primeiro programa, com um cliente que ela arrumou, depois da prostituição ela me apresentou as drogas, isso quando eu tinha 15 anos. Então comecei a usar cola, entorpecentes de todos os tipos, maconha e enfim cheguei ao crack, droga essa que sou viciada e me prende na prostituição".
Assim como Elizabethe, outras meninas entram no mundo das drogas e da prostituição. Em média, as garotas fazem programa por R$ 5,00, o dinheiro de um lanche (completo com refrigerante), e algumas chegam a se vender por apenas R$ 2,00. A faixa etária também varia, no local é possível encontrar mulheres de 17 a 50 anos, mas todas sem exceção esperam sair o quanto antes dessa vida sofrida.
Os riscos são grandes. "Tem cliente que paga até o dobro para fazer o programa sem camisinha, algumas meninas fazem, mas eu não. Normalmente cobro R$ 10,00 pelo programa, mas quando estou apertada para comprar alguma coisa para meus filhos ou para consumir drogas, me vendo por R$ 5,00, como fiz ontem pela manhã para comprar remédio para um de meus filhos", conta Bethe, ela prefere ser chamada assim.
Além de pagar pelo programa, os clientes que vão até o Alto do Louvor em busca de sexo fácil e barato, têm que pagar o Casarão, uma espécie de motel. "O preço do Casarão é R$ 10,00 para todo mundo, o valor é por duas horas, mas ninguém passa esse tempo todo lá dentro. Assim que acaba o encontro as pessoas vão embora. Quem vem aqui está atrás de sexo, amor é só com a mulher de casa, portanto terminou a relação é se levantar e partir para outra", diz a jovem que já chegou a fazer sete programas em um dia.
A quantidade de programa só não é maior porque a jovem diz não sair com qualquer pessoa. "Se for muito feio, estiver fedendo ou sentir que ele está querendo me enganar, eu não saiu com ele. Até porque já tenho uma clientela fiel".
A prostituta, mãe de quatro filhos, pensa em sair dessa vida. "Todas as noites antes de dormir peço perdão a Deus pelas coisas erradas que faço, eu acredito e confio plenamente que Jesus Cristo vai me libertar desse mundo, já fui evangélica e sei que Ele tem poder para fazer isso, minha vida não vai acabar aqui, Deus ainda tem um grande plano na minha vida, saber que um dia vou está longe daqui é o que me conforta", conclui a jovem às lágrimas.

HISTÓRICO — O antigo berço da boemia mossoroense, o Alto do Louvor teve seu auge nos anos 50 e 60 quando os rapazes saíam do centro da cidade e se dirigiam até lá à procura de animação, bebidas, festas e principalmente aventuras amorosas. Assim como a rápida ascensão e a grande circulação de dinheiro, veio também o declínio nos anos 70. Com a proibição dos cassinos e o aumento da violência que ocasionou na morte de alguns donos de estabelecimentos e de pessoas importantes, começou a decadência. Coincidentemente nessa época houve a mecanização das salinas (desempregando muita gente) e as estradas de ferro que era de particulares passaram a ser do governo, e muitos ferroviários que frequentavam o local, foram trabalhar em outras cidades. Sem clientela e sem prestígio o lugar ficou estagnado e hoje é um dos locais mais violentos da cidade.
http://www.gazetadooeste.com.br/mossoro5.php


Obs. A situação está feia mesmo. E existe uma igreja evangélica nesse local. Só dominuiremos essa situação com a pregação do evangelição. (Manoel França)

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