A TEOLOGIA DOMINANTE É FRACA

Percival de Souza, vencedor do Areté, fala sobre jornalismo e fé

Vencedor do prêmio Areté com livro Receitas da Vida, publicado pela BomPastor o jornalista Percival de Souza convive diariamente com todos os tipos de crimes que chocam a sociedade. Seus comentários sempre pertinentes na TV Record mostram o outro lado do jornalista membro da Igreja Metodista. Ao CREIO ele criticou a teologia e fala sobre literatura.

Experiente e premiado repórter especializado em jornalismo investigativo, Percival de Souza, convive diariamente com todos os tipos de crimes que chocam a sociedade, mas mostra capacidade de trazer cada tragédia humana à luz das Escrituras, resgatando a nossa esperança, mantida numa espécie de mitológica e cotidiana Caixa de Pandora. Ele nos ajuda a reforçar a fé, no paulino e permanente bom combate. A partir de acontecimentos trágicos, que infelizmente invadem a história do nosso dia a dia, esse profundo estudioso da Bíblia nos traz receitas de vida. Singelas na aparência, mas profundas e envolventes no conteúdo, como são os mananciais iluminados do Evangelho. Conciliando jornalismo com literatura (este é o seu 18º livro), cultivou talento singular: o de alicerçar o pensamento, a qualquer tempo e circunstância, dentro dos parâmetros cristãos.

“Sempre li a Bíblia e sou um curioso do livro sagrado, pois ali há um espetáculo literário. A minha obra aborda fatos reais com contexto bíblico. Pois a Bíblia é um livro em que você se vê em alguma situação ou momento, então é possível juntar o dia-dia com acontecimentos bíblicos de forma contextualizada.”

Após ganhar um prêmio – o primeiro neste segmento – ele conversou com Creio e criticou os rumos teológicos. Foi além: desafio a mídia evangélica a criar um padrão de qualidade. “A teologia dominante brasileira é fraca e os veículos de comunicação evangélicos precisam se desenvolver, embora não haja diferença entre a mídia secular e a evangélica. A diferença é que na secular tudo tem que ser bem feito, de forma profissional. Não espaços para erros. Mas é possível fazer coisas de qualidade no meio.”

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