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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Desafio Jovem consegue recuperar apenas 7% dos dependentes

Atualmente, as pessoas que frequentam a casa tem idade média entre 20 e 61 anos, e a maioria chegou ao local por causa do álcool e do crack
Funcionando em Mossoró desde 23 de janeiro de 2005, o projeto Desafio Jovem não está conseguindo atingir a maioria dos dependentes de drogas e álcool que procuram o local em busca de ajuda.
De acordo com Laudelino Martins, fundador do programa, em torno de três mil pessoas já foram atendidas neste período, mas o índice de recuperação ainda é pequeno, com apenas 5% a 7% dos dependentes livres do vício.
Atualmente, as pessoas que frequentam a casa tem idade média entre 20 e 61 anos, e a maioria chegou ao local por causa do álcool e do crack. “O álcool é a porta de entrada para todas as outras”, afirma Laudelino. “Quando chega no crack é o ponto final”, acrescenta.
O local também já recebeu uma criança com oito anos de idade, que veio junto com o pai, ambos dependentes químicos.
Para conseguir permanência no Desafio Jovem, o item principal é a determinação. “O primeiro passo é que o jovem tem que ter força de vontade”, afirma Laurentino.
As pessoas pagam uma taxa de inscrição no valor de R$ 300,00, mesma quantia cobrada nas mensalidades. No entanto, Laudelino conta que muitos não têm essa quantia, pois a droga já lhes tomou tudo. Assim, alguns colaboram com menos, outros nem o menos têm. Além do mais, é preciso analisar se essas pessoas ainda contam com a ajuda das famílias, pois, em muitos casos, elas já desistiram.

 

Ao chegar ao local, o dependente é submetido a um trabalho espiritual. O objetivo é colocar Jesus como centro da vida das pessoas e promover mudanças, para que quando elas retornem às suas casas adotem novos hábitos.
A terapia utilizada é a laborterapia. Na casa, todas as habilidades das pessoas são aproveitadas. A maior parte dos que chegam ao local já passaram por Centros de Apoio Psicossociais (CAPSs). Quando eles vêm com indicação de algum medicamento receitado pelo médico, a ingestão da medicação continua até o término do remédio.

Jornal O Mossoroense

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