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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Educação na mochila
O governo Wilma de Faria/Iberê Ferreira ficou marcado como o pior da história para a educação do Rio Grande do Norte. A falta de políticas públicas fez o Estado descer ao grau menor, amargando as últimas posições nas avaliações feitas por órgãos federais. A lanterninha conferida pelo Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (IDEB) revelou o pior momento. O descaso com o ensino público – contraste para um Estado que foi governado por uma professora durante sete anos e quatro meses – pode revelar agora a sua pior face, desenhada no gasto de R$ 3 milhões com a compra de “mochilas” escolares. O caso denunciado pelo “Novo Jornal”, de Natal, será peça de investigação pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. A portaria que instaura o inquérito civil foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial do Estado (DOE). O promotor Eudo Rodrigues Leite quer saber se o gasto de R$ 3 milhões, em 124 mil mochilas, é considerado como prioridade nas políticas públicas de fortalecimento do ensino médio. Para esclarecer o caso, o promotor já convocou o ex-secretário de Educação Otávio Augusto de Araújo Tavares e os ex-servidores Domingos Sávio Silva de Oliveira e Cátia Araújo Lopes Muniz. O Conselho Deliberativo do FNDE – gestor do Programa de Fortalecimento do Ensino Médio (PEFE) – também deve prestar esclarecimento. O processo de compra apresentou irregularidades em especificações técnicas, constatadas pelo procurador geral do Estado, Miguel Josino. Cópias do processo foram entregues aos Ministérios Públicos Estadual e Federal. Pois bem. Esse é apenas um caso, sob suspeita, que ajuda a entender melhor a crise que castiga o ensino público estadual. A crise é aguda.

César Santos no Jornal de Fato

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