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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Tibau como sempre


Todo ano é assim. Chega o período de alta estação, Mossoró se transfere para Tibau. A partir do Réveillon, o município-praia se transforma em formigueiro de gente. Na mesma velocidade com que chegam a Tibau, os visitantes despejam as suas reclamações: falta água, falta energia, trânsito caótico, insegurança e péssima assistência à saúde. Não será diferente no veraneio 2011. Vai faltar tudo. E, de antemão, um aviso: não culpe a administração municipal. O caos se instala por uma razão simples: um município com infraestrutura compatível com a sua população, menos de quatro mil moradores, não tem capacidade para atender a 100 mil pessoas que invadem o lugar. Pouco adiantará o esforço da Caern de manter equipes de plantão e ampliar a oferta de água. Vai falta água do mesmo jeito. A Polícia, com esquema especial, também não dará conta. Muito menos o sistema de saúde pública, que não conterá a demanda, mesmo com a ajuda da Prefeitura de Mossoró de enviar uma unidade do Samu. O interessante é que a Costa Branca oferece várias opções, como o litoral de Areia Branca, com as praias de Upanema, Baixa Grande, Morro Pintado, Cristóvão e Ponta do Mel. Mas, é Tibau que todo mundo quer. Então, nada de reclamação. Se fizer a opção pelo município-praia, como é provável que o faça, transfira-se de consciência tranquilo, espírito ameno, para enfrentar os problemas “comuns” nesta época do ano. No mais, é esperar que um dia Tibau possa ser vista e preparada, de fato, como um lugar de atração turística, para poder receber melhor seus visitantes e também contemplar seus moradores, que hoje são castigados pelas desigualdades crônicas.

César Santos

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