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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Teatro Lauro Monte Filho está praticamente esquecido


O Teatro Lauro Monte Filho já foi o principal palco para as artes cênicas do Oeste potiguar. Tempos de ouro, agora praticamente esquecido. O local é hoje um dos mais sujos do Centro da cidade. A quantidade de esterco de pombos e de sujeira é tanta que, para uma pessoa de fora da cidade, é comum pensar que a casa está fora de funcionamento.
É o caso do web designer cearense Júlio César. Recentemente contratado por uma empresa de publicidade local, ele conta que pensou que o único teatro de Mossoró era o Teatro Dix-huit Rosado. "Este aqui perto da igreja é tão sujo e abandonado, com pessoas que estacionam, botam bicicletas no meio da porta, que pensei que não funcionava mais", afirma. "E também, nas vezes em que eu vim aqui, nunca soube de um show lá".
Não é para menos. O prédio do local está sem pintura, as calçadas acumulam lixo, os vidros de entrada do prédio estão sujos e a bilheteria vazia. Tudo compõe um quadro de extremo abandono. A parte da frente do teatro tornou-se ponto de comércio para flanelinhas e vendedores ambulantes e os carros estacionam nas vagas de acesso aos deficientes físicos sem preocupação.  
Perguntado sobre a razão de o Teatro Lauro Monte ter chegado a esse estado, o diretor do teatro, o professor Anchieta Alves, desconversa. "É melhor perguntar a Crispiniano Neto, o responsável pela Fundação José Augusto", diz apenas. A Fundação é quem deveria zelar pela casa, cuja manutenção é parte da administração estadual. A reportagem do O Mossoroense tentou contato com a Fundação por telefone, mas não obteve êxito nas ligações.
As funcionárias do Lauro Monte, que preferem não se identificar, relatam o que ocorre com a casa. De acordo com elas, o problema não é só externamente. "Dentro do teatro, a situação é parecida, ou pior. Aqui, todo o serviço de limpeza é terceirizado, a gente não tem funcionários. Só limpam quando há espetáculo. Como ultimamente quase não temos programação, fica nesse estado".
Uma das moças diz que a situação foi chegando a esse ponto gradativamente desde a fundação do Teatro Municipal Dix-huit Rosado. "Toda a programação da cidade se transferiu para lá, ficamos sem nada. E o Estado não manda dinheiro para cá, não há investimento, não há incentivo. Se nós quisermos a casa limpa, temos que tirar do próprio bolso", conta. 

O Mossoroense

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