A gerente de saúde da Prefeitura de Mossoró, Jaqueline Amaral, ficou brava com o que ela chama de “tentativa de fazer pressão contra o município”. Ela se refere ao credenciamento dos novos leitos da UTI neonatal da Maternidade Almeida Castro.Jaqueline explica que foram os dirigentes do hospital que não fizeram a parte deles. O hospital quer credenciar quatro novos leitos, mas ainda não cumpriu as regras exigidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o credenciamento.
Segundo ela, o SUS só credencia serviços que já estão em funcionamento. O SUS que faz uma vistoria e uma auditoria para saber se o hospital está apto ou não para prestar o serviço. “A maternidade ainda não se capacitou para oferecer o serviço em boas condições”, garante a gerente.
Jaqueline conta que somente no mês passado é que os equipamentos necessários para estes leitos chegaram a Mossoró. O hospital está forçando para que se passe por cima das normas e já houvesse rapidamente o credenciamento dos novos leitos. O SUS exige um laudo da vigilância e outra da auditoria, isto ainda está sendo feito.
“A Prefeitura tem ajudado bastante ao funcionamento das UTIs neonatal na Maternidade Almeida Castro. Colocou dentro da pediatria do hospital duas médicas contratadas pelo município e gasta por mês cerca de 25 mil reais só com os plantões destas médicas. Todos os procedimentos que são feitos na maternidade e na pediatria, o município paga outro tanto além da tabela do SUS”, destaca Jaqueline Amaral.
Ainda de acordo com Jaqueline Amaral, os dirigentes do hospital precisam entender que não é correto fazer este tipo de jogo político, colocando em risco a saúde de bebês.
“Eles querem um credenciamento rápido, quando o SUS tem regras sobre este procedimento. É preciso que primeiro o serviço funcione corretamente para depois o SUS ver se credenciar. Não somos nós que ditamos esta regra, ela existe no SUS e tem que ser cumprida”, diz a gerente.
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