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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Garotinho exige mudança no PNDH para apoiar Dilma

A questão do aborto passou a ser um obstáculo que a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, terá que ultrapassar até para manter o apoio de quem participou de sua campanha no primeiro turno. Agora, até aliados políticos cobram da petista e do governo Lula uma posição contraria a esse procedimento. É o caso do ex-governador Anthony Garotinho, deputado federal eleito com maior votação no Rio de Janeiro. Ele apoiou Dilma no primeiro turno e, agora, condiciona seu apoio à revogação do decreto que instituiu o PNDH 3 (Plano Nacional de Direitos Humanos).
Em sua última versão, o programa, que é um conjunto de intenções do governo sem peso de lei, apoia mudanças no Código Penal que permitam “o alargamento dos permissivos para a prática do aborto legal”. O texto original, modificado após a repercussão negativa, era ainda mais explícito ao “apoiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos”.
Garotinho, que é ligado à denominação pentecostal Assembleia de Deus, estima que 500.000 dos seus 695.000 votos vieram de eleitores evangélicos. Para ele, a questão do aborto não é o único problema do Plano. “O PNDH 3 ainda propõe a legalização da prostituição”, disse o deputado eleito, referindo-se ao compromisso do programa de “apoiar programas voltados para a defesa dos direitos de profissionais do sexo”.
Crivella - Já o senador reeleito Marcello Crivella (PRB-RJ), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, é um aliado mais flexível. Apoiado pelo presidente Lula, o que lhe garantiu a maior votação no Rio de Janeiro – 3,3 milhões de votos, ou 22,6% do total -,  ele organiza esta semana, em Brasília, um encontro com a bancada evangélica que apoia Dilma. O objetivo é alinhar os discursos, decidir quais deles aparecerão no programa de TV da petista e traçar uma estratégia para angariar votos para ela. Entre os já confirmados para o encontro estão os senadores reeleitos Walter Pinheiro (PT-BA) e Magno Malta (PR-ES).
A partir de quinta-feira, Crivella – que recebeu 3.332.886 votos, ou 22,66% dos válidos, no Rio de Janeiro – percorrerá a Baixada Fluminense para agradecer os votos recebidos e pedir que os eleitores ajudem Dilma a vencer o segundo turno. Ele deve passar por municípios nos quais concentrou seus esforços de campanha no primeiro turno, como Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Belford Roxo.
(Com Agência Estado)

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