O pagodeiro Evandro Gomes Correia Filho, 38 anos, negou novamente participação na morte da ex-mulher, Andréia Cristina Nóbrega, em entrevista coletiva realizada hoje em São Paulo. Disfarçado usando peruca, cavanhaque e óculos escuros, o acusado afirmou que o motivo da fantasia é para evitar que ele seja reconhecido em sua nova residência.
O crime ocorreu no dia 18 de novembro de 2008. Andréia morreu depois de cair do terceiro andar do prédio onde morava, no Jardim Santa Mena. O menino, então com 6 anos, sobreviveu.
O pagodeiro disse que se apresentou espontaneamente ao delegado do 2º DP, na Vila Galvão, com seu advogado, a fim de prestar depoimento, mas não foi ouvido
Evandro também afirmou que mantinha um relacionamento com uma das irmãs da vítima e que só conseguiu terminar o romance dois meses antes do crime.
De acordo com o advogado da família de Andréia e assistente de acusação, Fernando José da Costa, isso não é verdade e ele ressaltou que na época a irmã dela ainda era adolescente.
“É lamentável que nenhuma autoridade policial tome providência. Temos que assistir o Judiciário inerte mediante essa situação”, disse o advogado.
Já o advogado do pagodeiro, Ademar Gomes, disse que Evandro continua foragido porque correria risco de morrer em uma prisão. Gomes comparou o sistema penitenciário com as câmaras de gás utilizadas na Segunda Guerra Mundial, para extermínio dos judeus.
O acusado se apoia em uma lei, que impede prisões de quem não tenha sentença condenatória definitiva em período eleitoral, para se apresentar. E chorando alegou inocência no crime.
“Eu sou inocente, quando ela se jogou eu também morri. Desde daquele dia não tenho mais vida”, disse o pagodeiro, que também responde processo por omissão de socorro.
Para o promotor responsável pelo crime, Rodrigo Merli Antunes, é um absurdo e um deboche da Justiça a apresentação do foragido. “É inconcebível assistir uma cena dessas de mãos atadas”, disse.
Portal Creio
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