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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Carta aberta ao presidente Lula

Excelentíssimo senhor presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
As vezes tenho a impressão de que vossa excelência pensa ser alguém especial enviado dos céus ou até mesmo imagina ser o próprio Deus.
Confesso que fico assustado com o tom de messianismo que o senhor (permita-me chamar-lhe de senhor) tomou para si mesmo. Tenho acompanhado algumas das suas declarações atráves da internet, jornais e televisão, e em muitas delas, o senhor tem usado o bordão "nunca na história deste país..." o que em outras palavras significa, que ninguém por mais dedicado que tenha sido, pôde superá-lo no quesito competência.
Caro Lula, bem sei que o senhor se acha onipotente e que possui o poder de eleger aquele que desejar, como também acredita que sabe o melhor para a nação, isto sem falar é claro, que tem procurado estar presente em todos os estados da federação emprestando sua "cara" a gente como Dilma, Sarney e Collor de Mello.
Prezado presidente, sinto desapontá-lo, mas preciso lhe dizer que o senhor não é Deus e nem tampouco o seu partido é uma religião. Em primeiro lugar, gostaria de afirmar que o senhor não irá eleger todos aqueles que desejar. O povo brasileiro não é burro e há de entender que o seu partido anuncia e propaga valores que em muito se contrapõem aos conceitos da decência e da moralidade. Junta-se a isso o fato de que o senhor não sabe de todas as coisas não é verdade? Alías não foi isso que o senhor respondeu a sociedade brasileira diante do escândalo do mensalão? Pois é presidente, onisciência é um atributo divino, coisa que o senhor não possui
Prezado Lula, há pouco soube que o senhor em um discurso no nordeste se comparou a a Jesus dizendo que o seu corpo estaria mais arrebentado que o corpo de Cristo depois de tantas chibatadas, isto em virtude das críticas que sofreu da oposição durante seu governo. Soube também que o senhor afirmou que Deus já elegeu Dilma presidente do Brasil.
Pois é, o poder muda a cabeça dos homens não é mesmo? Ele faz com que ele acredite que seja mais do que de fato ele é. Quantos porventura no decorrer da história não foram ludibriados pelo poder transformando-se assim em um tipo de Deus?
Presidente, posso lhe dar um conselho? Não pense de si mesmo além do que convém! O senhor não é, nunca foi e jamais será Deus.
Diante do exposto, gostaria de lhe contar um fato histórico. Conta-se que toda vez que um imperador romano regressava a Roma depois de uma grande vitória, costumava ouvir do povo a seguinte expressão: " És como um Deus". No entanto, a fim de contrapor-se a esta afirmação, o imperador tinha curvado em sua biga, um soldado que também dizia: " És calvo, humano e mortal."
Talvez o senhor esteja precisando de gente assim.
Pense nisso!
Renato Vargens

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